domingo, 5 de outubro de 2008

O que é uma pessoa inteligente?

Há quem acredite que ser inteligente é aquele que acumula cursos e diplomas universitários. Outros qualificam como inteligentes aqueles que têm a capacidade de ganhar muito dinheiro. Podem de lado estas concepções usuais do que é ser inteligente, vou explorar o tema sob um "novo" enfoque, numa concepção mais integral, ligada à nossa vida quotidiana. Neste sentido, podemos considerar inteligente toda a pessoa que vive a vida de maneira agradável, sentindo-se sempre feliz. Por mais estranho que, para alguns, esta concepção possa parecer, indubitavelmente ela precisa ser examinada em profundidade para mudar a visão estreita que temos sobre inteligência

Vejamos: se alguém está sempre feliz, vivendo plenamente cada momento, sabe valorizar o simples facto de estar vivo, participando intensamente das experiências que lhe são oferecidas neste belíssimo planeta azul, podemos dizer que esta pessoa tem a inteligência necessária para compreender o sentido da vida.
Dentro deste enfoque, voltando à primeira concepção de inteligência, perguntamos: Podemos considerar inteligente alguém com vários diplomas, ou ganhando muito dinheiro, mas vivendo apreensivo com o seu futuro, angustiado diante da vida, ou infeliz com o que já possui, ambicionando ter sempre mais do que já tem? Na minha verdade, só merece ser chamado de inteligente a pessoa que aprendeu a RELACIONAR-SE com os problemas da vida. Notem que se trata de aprender a RELACIONAR-SE com os problemas, o que não significa obrigatoriamente RESOLVÊ-LOS.

A pessoa inteligente deve aprender a manter-se feliz, APESAR dos problemas que porventura tiver de enfrentar. Um grande sinal de inteligência é ser capaz de optar por sentir-se feliz, mesmo quando as circunstâncias exteriores forem dolorosas. Na verdade, a vida é uma geradora interminável de problemas. Por isso, se formos esperar que não existam problemas para nos sentirmos feliz, provavelmente teremos que esperar para sempre.
A pessoa inteligente compreende isto muito bem e é capaz de separar aquilo que está a sentir dentro de si das circunstâncias exteriores. À primeira vista isto pode parecer um verdadeiro absurdo, pois, usualmente nem concebemos a possibilidade de separar os nossos estados interiores dos acontecimentos exteriores.

A pessoa inteligente, porém, compreendeu que os problemas passam como nuvens no céu, mas o sol, que faz parte de sua essência está sempre a brilhar por trás das nuvens. Por isso, descobriram que podem escolher como se sentir diante de qualquer situação. Os problemas relacionados com dinheiro, envelhecimento, doença, morte, catástrofes naturais ou acidentes apresentam-se a todos os seres humanos em maior ou menor intensidade.

Algumas pessoas, porém, são capazes de não se deixar abater por eles. Por isso, nunca se sentem infelizes, depressivas, ressentidas ou revoltadas. Ao contrário, sentem que, apesar de tudo, a chama da vida é o bem mais precioso que existe. Compreenderam que todos esses problemas são inerentes à condição humana e, por isso, não permitem que a felicidade existente dentro de si seja poluída por eles.

Diante destas reflexões sobre inteligência podemos dizer que, sem dúvida, somente as pessoas capazes de conservar incólume a felicidade dentro de si merecem o título de inteligentes.

Aliás, eu considero pessoas assim muito inteligentes...

2 comentários:

Leo Mandoki, Jr. disse...

Tocaste num assunto mto importante. O famoso QI já está ultrapassado. Depois dele veio a Inteligência Emocional e, depois, a Inteligência Espiritual. Isso que estás a falar é o estádio maior da inteligência humana. Como devemos usar a nossa inteligência espiritual para sermos e mantermos a nossa felicidade. Parabéns pelo post.
Beijos do Leo

Anónimo disse...

Olá, Leo, verdade o QI já lá foi, estamos numa nova era, o caminho é para a frente, um caminho para a dentro de nós, um autoconhecimento... assim eu estou agora!

Obrigada pela visita e o seu comentário.

Um beijinho no coração. :)